segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Queria parar de olhar para trás

Acho que não tem jeito...

Qualquer coisa que me remeta a aquele dia me faz ficar pensativa. Acho que ainda não sei perdoar as pessoas, mesmo sabendo que o "perdoar" só exista na minha cabeça.

Por mais que os dias passem, os meses passem... eu ainda me sinto incomodada com a situação. É como se estivesse presa numa situação que eu criei. Porque ao mesmo tempo que eu sei que não dá mais...eu não deixo partir.

Afinal, o que eu quero? Eu tenho a certeza que adquiri nojo da outra parte, não quero saber do nome, não quero ver... me embrulha o estômago.
Mas a terceira parte... ah, a terceira parte...como me  encanta e entorpece. Só que a sensação que eu tenho é que me faz bem, só que me faz sofrer também...
É como se eu tentasse resgatar o que se perdeu. Mas afinal, será que foi eu quem perdi?

Perfeita eu não sou, ótima eu não sou... Mas ainda assim, sou eu.

Se fosse me observar pelo estético... eu diria que mudaria algumas coisas. Só que mudaria porque dentro do padrões pré estabelicidos.... eu fico distante. Se não fosse isso... juro a quem quer que fosse... não mudaria. O estético me agrada sim, só que lado de fora é só a caixa do presente, e eu prefiro o conteúdo.

Se fosse parar e analisar o meu próprio conteúdo... eu mudaria a valentia, o se preocupar demais com os outros... a garra, o levar as coisas tão a sério. Talvez se eu fosse como a maioria que gosta só de viver o presente e não tem medo do vazio... ai seria melhor. Pena que ai deixaria de ser eu mesma.

Pois é, a bruxa má da vida real dizia que eu era uma bocó, porque sou sentimental e estou sempre em busca de algo que transforme a  minha vida atual. O que ela não sabia que é que na minha cabeça... a bocó é ela  e quem mais compactuar da mesma opinião. Afinal, enquanto eles pensam em quantidade e visam o descompromisso... eu viso qualidade e compromisso.
Porque pra mim essa tal "liberdade" que eles acham que tem... para mim soa como solidão. Porque  no fim de tudo, sempre estarão sozinhos e poderão apenas contar coisas... coisas que ficarão distantes e um dia não terão sentido algum.

Pois é, acho que prefiro ser uma velhinha contando uma história de amor que eu vivi, do ser uma velhinha maracujá de gaveta caçando "corpos".

Como eu disse a um tempo atrás... "cada um frequenta o inferninho que lhe convém" e dando continuidade a isso... "cada um escolhe os personagens da sua história e escolhem também que rumo a história tomará".

Se eu fosse contar a minha história... eu diria que não mato meus personagens. Só que alguns deles não merecem ficar muito tempo perto da personagem prinicpal. Acho que de uma maneira outra aquela sintonia momentânea se esvai, escorre entre os dedos e nem conta gotas é capaz de resgatar as gotícolas.

O único problema, é que as cicatrizes ainda estão aqui, e em alguns momentos específicos... é como se alguém viesse e tocasse na ferida, fazendo o possível para deixa-lá bem aberta.
Só que eu estou cansada disso tudo, quero fechar de vez. Mas preciso de tempo e quem sabe de novos personagens.

Todas as pessoas que passam pela minha história me ensinam algo. Seja algo bom ou até ruim. Mesmo que seja para me mostrar " tenha certeza que isso aqui não é pra você". E assim eu continuo aprendendo.

E estou passando por um momento de tolerância zero. O que não me agrada me deixa chateada, de mal humor, então eu procuro me afastar o mais breve possível. Isso implica coisas e pessoas.

Costumo dizer que tropeço nos meus defeitos. Só que o porém... é que eu faço de  tudo pra enxergar os meus erros e tento minimiza-los. É como se eu fizesse o mínimo, para que exista um equilíbrio.

O problema é que de uns tempos para cá eu tenho tentado mudar também as pessoas que me cercam e nem todo mundo quer mudar, nem todo mundo quer enxergar. Parece que fecharam os olhos, taparam os ouvidos, fecharam a boca e o cérebro ficou lá... sem trabalhar.
Bem, isso é mais um desabafo do meu conflito interior. Estou numa sinuca... não sei se tento deixar pra lá, ou se enfrento. E me conhecendo... acho que vou enfrentar... adoro sair vitoriosa das coisas, mas também aprendo com as derrotas.
Pois bem, que aconteça o melhor...

Passei por aqui e deixei pensamentos

Andressa Sanches

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