sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Reflexões e reflexo embaçado

Pois é, fiquei mais de uma no sem colocar as idéias para fora, Talvez porque não ando colocando as ideias em práticas, fico num eterno quebra cabeças, onde tento desvendar: Afinal, o que eu quero da vida?

Sabe aquelas coisas que somos programados a querer?
Somos programados a escolher uma carreira, somos programados a querer uma residência fixa, somos programados a gostar de coisas e até mesmo fazer coisas. E ai eu me pego nesta pergunta: Afinal, quem sou eu? Me tornei isso porque eu realmente quero ou fui moldada para isso?

Bem, eu sempre achei que quisesse ter uma família novamente. Como não é possível voltar ao passado e ressuscitar pessoas, eu creio que o único meio de atingir meu objeto seria criar uma nova família e mudar os personagens. Isso mesmo, casar, ter filhos e blá, blá, blá... etc e tal.  Mas, honestamente eu tenho pensado seriamente em coisas do tipo: relacionamentos são feitos para mim?
Eu realmente gosto de crianças?  Eu realmente quero brincar de casinha e esse é meu objetivo de vida?

Ei sempre achei que nascemos com um proposito, ao menos algumas coisas são, digamos assim, pré estabelecidas, embora tenhamos livre arbítrio e tudo pode ser modificado. Seria uma espécie de linha do destino traçada, mas que pode ser modificada com o passar do tempo. Coisas que podemos mudar e depois retornar ao mesmo caminho ou simplesmente mudar ou ainda definhar. Minhas conclusões de linha de destino e objetivo são bem óbvias, elas foram criadas de acordo com as crenças que criei ao passar do tempo, como por exemplo: Se não existisse um plano maior, porque haveria vida?
 Mas ei confesso que as vezes associo a vida a um jogo de The Sims onde o jogador é Deus. Ele escolheu um objetivo principal e tem como deixar o bonequinho no automático. O grande problema, é:  o que fazer com os bonequinhos quando atingirem o máximo que foi programado, e o que Deus ganha com isso, ele só está lá no plano superior brincando para passar o tempo eterno dele?

Não só isso, eu também acredito em reencarnação, isso explicaria o porque podemos resgatar questões que ainda estão sem solução ou evoluir. E ai pronto, novamente fico com a ideia que o cara lá de cima tem um propósito, só não entendo o que ele ganha com isso.  Ok, não pense que estou ficando louca. Mas é que ultimamente fico pensando em coisas tolas que criamos e fazemos por ter ou não ter um propósito, e como isso afeta nossas ações. E só olhar e ver, pessoas matam e morrem por objetivos fúteis ou não, e isso é realmente assustador. Assustador porque o que nos fazer quem somos, são exatamente as nossas crenças, as coisas que crescemos acreditando.

Eu cresci acreditando que temos um proposito de vida, de que Deus criou a vida, que precisamos amar ao próximo, fazer o bem sem olhar a quem e tantas outras coisas. A questão é que essas escolhas também me fizeram ser tola, me magoar e outras vezes magoar outras pessoas. Nem sempre somos prioridade em nossa própria vida e outras vezes colocamos na cabeça que tal pessoa é tão importante para nós que esquecemos de olhar para nós mesmos. Isso é insano, não é?

Por exemplo: Como é possível chamar um pessoa de egoísta  só porque ela o foco dela é sua própria vida e em outros casos dizer que ela entregou sua vida para as "baratas" porque ela está preocupada em proteger alguém ou sei lá, está apaixonada, entorpecida por alguém que é incapaz de fazer alguma coisa que não seja visualizar algo que agrade ou seja agradar a pessoa pelo qual ela acredita amar?

Você entende o que eu quero dizer? Como podemos ser egoístas  ou tolos num piscar de olhos?

Ok, não precisamos analisar de uma forma assim tão radical. Eu hoje acredito que muitas situações em que temos o foco em benefício próprio não é ser egoísta, principalmente quando o objetivo final não está relacionado a satisfazer as vontades do nosso ego, dai a palavra egoísta, pelo menos para mim.  Diria que quando trata-se de uma questão de sobrevivência, ou co-existência é amor próprio.
Mas, por mais que tenhamos essa tendência a querer viver feliz e tals nós temos sentimentos por outras existências, ou seja, outras pessoas. Essas pessoas podem ser próximas ou não.

Imagine que você nasceu com o objetivo de salvar pessoas que estão sob um ataque de uma bomba ou sei lá,  você pode é um engenheiro responsável pela construção de um prédio. Um calculo errado você será capaz de ser o responsável pela queda do prédio e a morte de várias pessoas.  Enfim, como disse objetivos... Supondo que a vida tem livre arbítrio e você descobre o tal atentado, você pode achar importante salvá-las correndo o risco de perder a sua. Ou quem sabe prefere não interferir porque prefere estar ao lado da sua família.  E ai, isso seria uma atitude egoísta ou seria amor próprio?

E do nada você se desse conta que os cálculos estão errados e você foi capaz de levantar um prédio que pode cair. Você iria aos responsáveis para admitir que errou e quem sabe salvar dúvidas ou deixaria nas mãos de Deus, vivendo na dúvida se ele ia cair ou não? Isso é amor próprio porque ao admitir o erro você provavelmente seria acusado e não teria mais seu emprego e afins ou é egoísmo porque tem a opção de salvar vidas em perigo.  Entendem o que tô expressando?

Tudo é uma questão de opinião, ponto de vista. Depende de quem está do outro lado e isso é absurdo.
Bom, lembrando que são meras hipóteses e que nenhum dos casos citados acima são verídicos, o que nos faz bons ou mals? egoístas ou altruísta?

E tudo isso porque fico pensando: Afinal, qual o meu objetivo aqui? É  brincar de casinha, é salvar o mundo? é escrever um livro? Enfim, qual o propósito de vida que eu trouxe comigo que eu não consigo enxergar?  Você consegue enxergar o seu ou está tão perdido (a) como eu?

Bem, ficar um ano sem escrever dá nisso, ter um monte de pensamentos desconexos ou apenas pensamentos dentro da cabeça.  Passei um ano refletindo um monte de coisas e quanto mais refletia, mas louco ficava. Tudo isso porque cai em uma encruzilhadas eu posso tomar vários caminhos e você também, depende apenas do que nós acreditamos. E eu não sei pego o caminho e a crença da esquerda, o da direita, do noroeste, sudeste, se volto e revejo o que deixei para trás ou se sento e espero alguém me dar uma carona e sigo com eles sem rumo ao desconhecido.

Todo este texto fala apenas da minha dúvida quando a religião e propósito de vida. Eu posso acreditar em um Deus que criou tudo, posso acreditar que não existe Deus e que tudo é resultado das minhas ações ( nestes caso eu seria meu próprio Deus). Isso começa a complicar quando eu citei que a vida faz mais sentido quando vejo que temos reencarnações e um propósito maior, do contrário. Teríamos uma vida só e podíamos dar game over sem alcançar ao objetivo final. Acabaria e não levaríamos nada ou lembraríamos de nada. Entende o que quero dizer com isso?  Sim, eu acho que é isso mesmo, eu fiquei confusa porque achei que poderia pegar um pouquinho de cada coisa e polvilhar por ai como certo. Só que fim essa mistura não dá certo porque depende do que você acredita como verdade absoluta e põe ações que você tomou como certa ou errada. Em outras palavras: você rezou para um santo que não existe ou recitou mantras que não te levam a nada. Resumindo, se você vai rezar ou recitar mantra, essas coisas coisas só vão funcionar se você tiver fé.  O que move e dá sentido a tudo é apenas a sua fé, aquilo que você crê, ou seja, suas crenças. Por isso que fiquei assim confusa, porque estou questionando se eu vivo o que eu acredito ou se eu estou vivendo o que fui moldada para acreditar.

Quanto ao meu comentário sobre gostar ou não de crianças, eu explico. Desde pequena eu sempre gostei de crianças, mas tenho me deparado com umas pestinhas que gritam, fazem escândalo e birra para chamar atenção, crianças chatas e sem limites. Aquelas barulhentas que chutam a bola na parede quando eu quero tirar meu cochilo da tarde ou quem sabe ler um livro. É isso, elas me incomodam e  essa situação fez nascer uma dúvida cruel: será que eu fui tão horripilante como eles são para mim?
E outra, meu relógio biológico não para. Eu acabei de fazer 32 anos e além de solteira eu não me vejo preparada para ser mãe, Será que algum dia eu vou ter certeza ou essa questão é daquelas que a gente acha que não etá preparado e Deus ou nós mesmos nos faz vivenciar para tirar a prova real, tipo aquelas que acontecem no susto. Ok, mas como isso não é como pegar gripe, nós sabemos que tal coisa só acontecerá se eu quiser, permitir e agir para tal. Eu diria que é tudo uma questão de escolha e ainda superior a isso... temos o relógio biológico. Pode ser que seja tarde demais, e ai, como se faz?

Eu sei, se a questão é ter um filho algum dia, seja cedo ou tarde, haveria a opção da adoção. Sinceramente, eu apoio a ideia. Mas se for para ser mãe algum dia, gostaria de vivenciar a experiência de carregar dentro de mim, e ele ou ela receber minha carga genética, meus traços e adotar um(a).
Uma coisa é certa, jamais teria um filho (a) único (a). Eu sou o que sou porque tive irmãos, irmãos que me ajudaram muito a ser quem eu sou. Por mais que todos nós tenhamos opções de ter primos, amigos e tudo mais, eu não privaria a nenhum ser humano de ter irmãos.


Bem, acho que é isso. Tudo que tenho feito ou coisas que deixei de fazer ainda estão voltadas para o passado, isso significa que continuo sendo ansiosa. Isso mesmo, pessoas que vivem coma  cabeça no futuro são ansiosas. É  a conclusão que cheguei depois de escrever tudo isso. Eu não sei o que quero e isso faz meu futuro incerto e toda fez que acho que ele é incerto eu me projeto a pensar no futuro e fico cada vez mais ansiosa. É amigo, quem falou que eu sou uma pessoa decifrável =p

Resumindo, estava refletindo e acho que minha reflexão está embaçada (risos)


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