Ok, vamos lá. Quando o mundo vira as costas pra você vira as
costas para o mundo? Não, eu não viro. Eu tento entender e quando meus botões
estão falhando eu recorro a uma ajudinha do “além”.
Cartas para ser mais exata. Vou lá sento naquela cadeira e não
digo nada. Acho que meu bloqueio é tão explicito que logo é notado. Pois é, eu não fui perguntar de amor, não fui
perguntar de coisas bocós. Fui saber, pra onde eu estou me conduzindo.
Bem, quem planta colhe o que merece certo? Eu diria que
mereço uma horta lotada, com todas verduras, legumes que existem na face da
terra. Se falsa modéstia, eu posso até errar, mas na certa seria pelo exagero e
não pela falta. Simplesmente quando eu
faço alguma coisa, principalmente para mim eu quero o melhor. Simplesmente algo
que dê o que falar, de tão fantástico que ficou. Por isso, eu sou exigente com tantas coisas.
Embora seja uma negação arrumando a casa (mais ou menos, né? Me dê um crédito,
vai.) eu gosto de tudo no seu devido lugar.
A minha qualidade e ao mesmo defeito se aplica no quesito :
qualidade.
Não quero qualquer coisa, não quero qualquer um. Para ser
perfeito precisa ser escolhido a dedo, talhado, esculpido, cuidado com todo
amor, carinho e zelo. É por isso que não
me acho boa em artes, nunca fica do jeito que imaginei, e cá pra nós,
criatividade e ideias mirabolantes eu tenho.
O negócio é que eu adoraria ser autossuficiente, eu realmente odeio
depender das pessoas.
Todo ser humano adora ser bajulado, na verdade, ser
agradado. Mas, claro que tudo tem limite e no meu caso, tem que ser de bom
grado. Não estou falando de pessoas melosas fazendo tudo o que eu quero, estou
falando de ser tratada de forma gentil. Gentileza, zelo, é neste caminho que eu
ando.
Citei este caso porque é simples... eu sei quando não sou
bem vinda e principalmente quando querem que eu abaixe minha cabeça. O que eu
quero dizer com isso?
Há pessoas mal amadas no mundo que querem ser bajuladas e eu
não sei fazer isso de bom grado. Não sei ser teatral quando na verdade eu sinto
nojo de quem faz este tipo de coisa.
Eu escrevi ontem que
eu tinha medo de ser aceita, certo?
Adivinha, nunca tive problemas com isso. Por onde eu passo,
ando ou paro. Sempre desprendo energia positiva, as pessoas se sentem livres,
felizes , simplesmente se sentem a vontade. Puxam assunto, é capaz até de eu
conversar por horas, como fossemos velhos conhecidos. É assim a minha natureza.
Não há uma loja, um ponto de ônibus, uma fila que ninguém fale comigo. Devo ter uma cara super simpática, pois
independente de ser homem, mulher, criança ou idoso(a)... eles falam comigo.
O que eu tenho eu não sei, acredito que seja simpatia mesmo.
Mas, e aqueles que imploram por atenção?
Hoje depois de mais uma consulta as cartas, eis que eu vejo
que todo o poço de arrogância se deve a falta de amor, a falta de atenção. Acho
que beira a loucura, é como se a pessoa em questão tentasse impor respeito e não
conquistar a admiração, o carinho e o afeto das pessoas.
Tratamento psicológico, é disso que a pessoa precisa. Impor
autoridade, gritar, esnobar, humilhar, desdenhar... nada disso conquista a
confiança de alguém. E eu fico até triste. Como pessoas maduras, vividas e até
inteligentes chegam a este ponto.
As cartas dizem : “ esta pessoa não gosta de você, pois você
tem magnetismo pessoal , coisa que ela não tem e nunca terá. Você consegue facilmente o que
ela sempre sonhou em ter, atenção e admiração por todos que tem contato. “
Ah, a inveja é algo que corrói, destrói ... E sabe o que
mais e irrita?
Antes de notar tanta prepotência, tanto “gabar-se”, eu a admirava de graça. Só que agora...
Então, nojo define. Eu sou do tipo de pessoa que pego nojo
dos outro. Tem certas atitudes que eu desaprovo tanto, tanto, tanto que eu
simplesmente fico embrulhada de “topar” com o ser em questão.
Sabe aquele “ eu te repudio, eu te repudio, eu te repudio”. É o que eu tenho vontade de dizer a tal pessoa. Mas convenhamos, é uma fase. Acredito que em breve irá acabar e jamais terei que ouvir a voz ou ver aquela cara.
Sabe aquele “ eu te repudio, eu te repudio, eu te repudio”. É o que eu tenho vontade de dizer a tal pessoa. Mas convenhamos, é uma fase. Acredito que em breve irá acabar e jamais terei que ouvir a voz ou ver aquela cara.
Sinceramente, o que me resta é rezar. Torcer para que um dia
quem sabe, ela note que não precisava de nada daquilo, bastava ser gentil,
agradável. Bastava sorrir.
Bom, minhas cartas dizem que a vida vai mudar e ... “adios”
Rio de Janeiro. Cara, eu acho lindo este
lugar, mais eu não encaixo neste quebra cabeça. Já viu a minha cor super
morena, meu samba no pé, minha ginga na roda de samba?
Então, nada disso faz parte da minha realidade. Na verdade
eu dispenso. Eu gosto de mato, bicho, cachoeira e frio. De coisas simples e
meus pés no chão. Pra onde eu vou? Ainda não sei. Só sei que vou para outro
lugar e não só pelas cartas, mas por mim.
Olha, quando eu penso em outro lugar eu imagino... Londres,
Irlanda, Holanda. Não, não to falando que de fato vou para um destes locais.
Mas, imagino esteticamente locais assim.
Antigos, “tranquilos”, que tem um ar cultural, sabe?
A única coisa que eu tenho certeza é que na minha porta terá
uma plaquinha com a palavra: “happiness”.
Enfim, eu sei que muitas coisas que ouvi não estará por
aqui. Se de fato vão acontecer... então, deixa acontecer. Não vou me prender exatamente
em tudo, se algo daquilo acontecer me dou por satisfeita.
Até a próxima.
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